quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Tempo

Fiz planos. Muitos. Separei temas e conteúdo para publicar no blog, planejei uma viagem que quase não deu certo, gastei dinheiro no tempo errado. Fiz tudo o que queria, disso não posso reclamar.

Porém, há dois meses, minha vida virou totalmente de cabeça para baixo. Em alguns momentos, a frase "a vida às vezes tem um curioso humor perverso", do Paolini, permeia minha mente. Sou uma pessoa dramática, mas tenho consciência disso, então as coisas ainda não estão perdidas.

Mudei de emprego, o que foi relativamente bom. É sempre um alívio não ter que frequentar um ambiente pesado, ainda mais quando você descobre que quase todo mundo era falso com você. Não que eu pense que isso não tem em todo lugar, porque sempre vai existir aquele que quer te puxar para baixo.

Enfim, aproveitei esse novo ano, esse novo emprego, essa nova fase, para me reinventar. Não que eu queira começar de novo, ser outra pessoa. Quero, sim, ser alguém melhor, para mim, para minha família e para quem convive comigo. 

Sou daquelas que acredita que você pode ser o que quiser, se realmente quiser. 

Esses dois meses também me fizeram crescer. Experimentei dois tipos diferentes de tristeza inéditos para mim e descobri que posso amar de uma maneira que não conhecia. Isso me surpreendeu e me encantou ao mesmo tempo. 

É claro que tantos extremos também trazem uma dose de medo. Porém, orgulhosamente, anuncio que eu não vou mais me entregar ao medo. Algo que aprendi, é que tudo fica muito pior quando você passa a vida se preparando para as coisas ruins.

Que se foda se você for surpreendido e decepcionado. O que importa é que você foi feliz, você se entregou de corpo e alma para algo que acreditava ser bom. Você foi completo. É isso o que importa, afinal, um coração partido continua a bater. Acredite, ele continua!

Com o tempo descobrimos que podemos superar qualquer dificuldade, basta ter paciência. 

A vida é algo muito frágil. Não tenho outra maneira mais sutil de introduzir esse assunto. O fato é que a vida, se fosse um objeto, seria mais fino que uma folha de papel, mais quebrável do que um grafite e mais solúvel do que leite em pó. 

Por isso devemos deixar a menor quantidade possível de coisas para depois, devemos nos limitar menos e, uma vez por mês, nos permitir olhar para o mundo além do véu da sociedade.

Nesses dois meses aprendi, principalmente, que cuidar da sua própria vida, também é cuidar de quem você ama. De quem te espera todos dias, de quem conta com você, de quem te quer bem, de quem faria qualquer coisa para te ver feliz.

E aprendi que a maior dor que se pode ter, não é aquela que te atinge diretamente, mas aquela que faz o brilho nos olhos de quem você ama se apagar. 

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