Ele a olhou profundamente, como se procurasse nela aquela mulher por quem havia se apaixonado, há quatro anos atrás. Ela o fitou de volta na mesma intensidade, ele precisava entender que ela havia mudado, que sua humanidade não era a mesma, que seu propósito de vida era outro e que seus sonhos haviam morrido, mas que, apesar disso tudo, ela ainda o amava. Isso não havia mudado.
- Não consigo entender – Disse,
por fim, o rapaz.
- Algumas coisas não são feitas
para entender, mas para sentir.
Ele se aproximou e ela prendeu a
respiração, levou seu rosto a poucos centímetros do pescoço dela, cheirando
seus cabelos, sua pele. Com um arrepio, a garota sentiu a respiração dele subir até o seu
ouvido.
- Mas não sinto o mesmo. – Ele sussurrou,
afastando-se.
Como que tomada de ímpeto, ela
venceu a distância entre seus corpos e se enroscou nele, beijando-o
intensamente. Ela sentiu seu coração disparar e querer sair do peito quando o
pressionou contra a parede. Ele nada conseguiu fazer, se não responder a ela na
mesma intensidade, era algo mais forte do que ele, o desejo por ela não podia
ser explicado. Mas ainda assim, não
entendia.
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