quarta-feira, 28 de março de 2012

Em defesa da fantasia

 
Foram incontáveis as vezes em que ouvi pessoas dizendo não gostar de livros de fantasia porque fogem demais da realidade e que seu conteúdo não acrescenta valores aos leitores. Entretanto, ao contrário de tais argumentos, como leitora deste gênero, posso dizer que aprendi muito com J. K. Rowling, Christopher Paolini, J. R. R. Martin e Tolkien. 

Há muitos romancistas que dizem ser muito fácil escrever livros do gênero fantástico, taxando-os de "modinha", argumentando que os escritores de fantasia só querem ganhar dinheiro. Em primeiro lugar, qualquer escritor, assim como qualquer profissional, quer ganhar dinheiro. A diferença está naqueles que optam ganhar dinheiro com o que gostam de fazer.

E acredito sim, caros críticos da fantasia, que nossos autores citados acima e muitos outros autores fantásticos, escrevem porque são apaixonados por isso. E faço essa afirmação com tanta certeza simplesmente porque essas histórias não são fáceis de escrever.

Afinal, exigem, em sua maioria, uma extensa pesquisa histórica, mitológica e social. É surpreendente a noção que se pode ter sobre o feudalismo e as organizações sociais do passado nos livros Jorge R. R. Martin, por exemplo. O contato com as fabulas nos livros de Raphael Draccon e a aprender a respeitar outras culturas com Christopher Paolini.

Ademais, estes livros despertam a imaginação e a criatividade em um nível superior do que os demais livros, tendo em vista que exigem que a mente trabalhe mais, construindo um mundo que não conhece.

Outro argumento pouco válido, é o de que a literatura fantástica não contém noções éticas, morais, políticas e culturais como os outros gêneros. Todo autor transmite esses conhecimentos aos seus leitores, uma vez que acabam colocando nas histórias um pouco do seu próprio modo de encarar a vida. Além de munirem seus personagens de personalidade e caráter, testando essas duas características em diferentes situações, as quais um adolescente ou um homem do século XXI não teria de lidar. 

Mediante a tantas obras grandiosas que estão sendo publicadas, grande parte delas, de fantasia, e considerando a era da inovação cinematográfica atual, espero que o preconceito com a fantasia se restrinja a um simples "não gosto disso" ou a um sincero "não tenho imaginação o suficiente". 


Jéssica Bueno.

2 comentários:

  1. O mundo é muito chato se não tiver uma pitada de fantasia...

    Beijão... layout novo tah mto show!!

    www.danpessoa.blogspot.com

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  2. Jéssica concordo plenamente com você, poucos são os interessados em leitura, e menos ainda os que leem fantasias, admito que você me guiou muito nessa parte de leitura, J. K. Rowling, Christopher Paolini, J. R. R. Martin, Tolkien, Douglas Adams e Lycia Troysi são os meus favoritos. E boa parte deles foram recomendações suas. Adoro seu gosto para escolher livros.

    Aliás foi por sua causa que me apaixonei por escrever, de outra maneira nunca teria criado meu próprio blog. Além do mais fizeste minhas notas de redação serem as maiores do colégio além de eu me apaixonar pela matéria. Muitas vezes quando estou lendo algumas postagens que são relativamente grandes, muitas pessoas se horrorizam pelo tamanho do texto e não leem por preguiça... Jéssica você é um exemplo a ser seguido, espero que continue sempre escrevendo.

    renansyllos.blogspot.com

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