quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O tempo da borboleta

Quisera eu ser uma borboleta. Imagino que seria magnífico ser uma lagartinha aprendendo a me alimentar sozinha, conhecendo os perigos e me familiarizando com esse mundo doido ao qual me trouxeram. Depois seria o tempo do amadurecimento, eu me fecharia em um casulo e passaria o tempo que precisasse comigo mesma, refletindo sobre tudo o que descobri quando ainda era só uma lagartinha e fortalecendo uma identidade, minha personalidade e meu caráter. Então sairia de lá, adulta, linda e certa de mim. Percorreria o caminho da minha vida sem ocilar, seria madura para voar para onde quisesse e admirar as pessoas.

Mas nunca fui uma lagarta, nunca me fechei em um casulo, embora as vezes eu me sinta tão mergulhada dentro de mim mesma que temo me afogar, e nunca amadureci o suficiente para me sentir uma pessoa transformada, pronta e completa. Muito pelo contrário. Tenho a constante sensação de que os seres humanos nunca amadurecem por completo. Ocilam entre a fase da lagarta e do casulo durante a vida toda.

Em toda essa ocilação, acredito que o melhor seja sempre buscar um ponto de equilíbrio, algo que seja capaz de restaurar a nossa autonomia e tranquilidade sempre que nos sentissemos perdidos dentro de nós. Estou em busca da minha paz, parece dificil de encontrá-la nesse momento, ou até que não. O dificil é ter a força de vontade de buscá-la, de fazer o que preciso fazer para me sentir de bem comigo mesma e com a vida. Porém, não vou desistir de mim.

Porque quando me sinto segura, capaz e em paz, posso fazer o mundo mais feliz.

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